Imagino um pai, como sempre imaginei, continuadamente, sem desvios, ou gradações de intensidade.
Imagino um pai que me mostra as ruas, as histórias por detrás das ruas, que me presenteia com auxiliares de ensino para praticar nas férias. Um pai que me quer pôr a ler, e que comigo se quer pôr a ler. Um pai alto, de mãos fortes, de sorriso aberto, que tem mais amigos do que eu algum dia serei capaz de alimentar. Um pai que me inscreve na natação, nos ateliers de pintura, no piano e no que mais houver.
Um pai que põe à prova todos os meus limites e capacidades e que sobretudo os estimula, convencendo-me de que serei capaz de uma data de coisas, sobretudo por o ter ao meu lado.
Um pai como nunca tive.
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