quinta-feira, outubro 13, 2011

Ser capaz

Para a esquerda, direita ou em frente, há que seguir.

Para trás nunca foi caminho.

Mais uma mão que se levanta no ar para disparar um adeus.

quarta-feira, setembro 28, 2011

Tudo isto é fado

Vem aí a inspeção do veículo automóvel e ainda o seguro anual.
É o mês do ano em que me ficam apenas alguns trocos para os cafés (ainda bem que não fumo) e alguns, só?, bilhetes para o Doc Lisboa.

Assim sendo, vou aproveitar e cuidar do bendito veículo automóvel, com a certeza de que há de passar-se um ano em que me compensará por tudo o que lhe dou neste mês.

Pegar todas as manhãs, desviar-se das paredes dos parques do Bairro Alto quando estou a sair já um pouco alheada de mim. Nunca fugir com estranhos, abrandar automaticamente sempre que vê um carro de polícia ou um peão e, acima de tudo, levar-me longe.

Já comprei as luvas brancas, como ele gosta, para poder raspar-lhe as pastilhas das portas, aspirar-lhe a cinza do chão, sacudir-lhe os almofadados, abrilhantar-lhe os plastificados, esfregar-lhe os vidros, enterrar os mosquitos, devolver as folhas secas à terra, pontapear-lhe os pneus para verificar o ar, colocar os cd's nas respectivas caixas e afastar as últimas areias do verão.

Tudo isto enquanto ele me dá música.

quarta-feira, setembro 21, 2011

terça-feira, setembro 13, 2011

Outono

Já se sente o cheiro da terra molhada, das manhãs de nevoeiro ou do trânsito, em hora de ponta, iluminado debaixo de chuva na escuridão das 18h30 de uma quinta feira qualquer.

Já se sente o aperto dos primeiros casacos, que ora aquecem ora "encaloram", dos primeiros collants opacos pretos emparelhados com um pequeno vestido.

São muitas as sensações, sentimentos e memórias que uma nova estação me trazem. O outono mais que qualquer outra, porque sempre me trouxe mudanças drásticas (coisas que começaram, coisas que acabaram).

Continuo a aguardar o outono com a mesma alegria, porque por muitas coisas que por essa altura tenham acabado, serão sempre as coisas que vão começar que me alimentam.

Eu ando à procura delas, a chamar por elas, e elas hão de chegar, estão para chegar.

segunda-feira, setembro 12, 2011

O tempo formalizou a resposta já lá vão 2 anos

Queria e não queria que o tempo fugisse.
O ordenado no fim do mês, as folgas aos fins de semana; sempre à espera do que vinha adiante, do que vinha e ainda não era.
E enquanto isso, Tu.
Tu ao meu lado. No café, na cama, no jesuíta, nas ondas gigantes, na varanda, por todo o lado. A meu lado.
Tu que paravas o tempo e me mudavas os planos.
Contigo, apenas queria e queria que o tempo ficasse. Que o tempo nos desse tempo para a lenga-lenga do amor, dos risinhos loucos, dos beijos estridentes.
E ainda hoje pergunto ao tempo quanto tempo o nosso tempo tem.
Pergunto ainda hoje e ele lá vai fugindo, connosco sempre atrás dele. Março, 2009

quinta-feira, agosto 25, 2011

Da arte

Dizem que todos nascem com um dom, pelo menos um a todos calha em sorte.

Há quem o descubra desde logo, quem o encontre sem procurar, quem o descubra até já tarde demais.

E há também quem nunca o tenha descoberto, pressentido ou avistado.

Se esse for o teu caso, não percas a esperança de o encontrar, quem sabe, sentadinho à beira de um rio qualquer a atirar pedras aos peixes.

Não percas a esperança, só não te esqueças de que pode até já ser tarde demais.

Por isso, acorda cedo, come os teus cereais e vai trabalhando de forma esforçada, árdua e em bastante abundância.

quarta-feira, julho 27, 2011

O vento nas palavras

Olá minha Nini!! Também adorei estes dias e todos os momentos até agora passados neste que é o nosso primeiro verão !!
Prepara-te porque esta semana ainda vamos ter muitos bons momentos :)) e na próxima, e na outra a seguir, e na outra, na seguinte também, etc, etc, etc... até sermos velhinhos :)))) também te amo muito !!

terça-feira, julho 26, 2011

Porque há relações que nos secam



Nos absorvem, nos apertam.
Porque há relações que nos desiludem e outras que nunca fizeram sentido.
Porque de repente nos vemos no lugar de pessoas cujas atitudes tanto criticámos.
Porque há relações que não nos respeitam, que vão do oito ao oitenta, sem equilíbrio, razão ou até coração.

Por tudo isto, não se afastem muito do rio.

Porque há relações que nos secam.

segunda-feira, junho 13, 2011

Nazaré



Conta a lenda que em dias de nevoeiro devemos sentar-nos e reflectir.

Pensar sobre o que queremos, o que procuramos e o que temos encontrado.

Se Deus assim o quiser, uma reflexão sincera será o bastante para fazer levantar o nevoeiro e prosseguirmos caminho seguro.

sexta-feira, maio 27, 2011

O tempo das pausas já lá vai.




Perdoem-me os leitores (são tantos!) deste blogue o tremendo hiato entre aquele post e este outro.

Foi tanto o tempo decorrido que houve espaço para chegar o calor e mudarem as regras da ortografia.

Ainda assim, continuo nova, sem rugas (por enquanto) e capaz de correr 3 desidratados kilómetros em 18 minutos, ininterruptamente.