sexta-feira, setembro 29, 2006

The Prince... of Bel-Air


- Por favor... desenha-me um gato!
- O quê?
- Desenha-me um gato...
- Mas... eu não sei desenhar!
- Não faz mal. Desenha-me um gato...
- Pois... mas... e que tal uma ovelha? Queres uma ovelha?
- Não! Não! Não quero uma ovelha para nada!

Cansei-me daquilo! Fui dar uma volta pela rua de polaroid na mão. Depressa voltei com a fotografia de um gato.

- Toma – disse-lhe – é tudo o que posso fazer...

Raio do miúdo!

quinta-feira, setembro 14, 2006

Não ficarei indiferente


A subnutrição e fome matam uma criança no mundo em cada seis segundos, ou nove em cada minuto.Cerca de 10 anos passados desde que foi lançado o desafio do Milénio -de reduzir a fome no mundo para metade até 2015 -, o número de pessoas afectadas pela insegurança alimentar (fome e subnutrição) aumentou em 18 milhões, ascendendo a 852 milhões no final de 2002. O documento anual da agência das NU para a Alimentação e Agricultura (FAO) indica que, por ano morrem ainda, cinco milhões de crianças vítimas da fome e carências alimentares.(Diário Digital)

Foto e texto no Gin Tónico

sexta-feira, setembro 08, 2006


Desconfio sempre de alguém que escreveu bem mas muita coisa. Porque o mais provável é que tenha sido apenas alguém que sabia escrever bem e que resolveu, por isso, escrever muita coisa.

Uma pessoa só nunca deve ter muita coisa para dizer, pode até dizer a mesma coisa de muitas maneiras, mas nunca dizer muitas coisas de muitas maneiras. Afinal, quanta gente cabe só numa pessoa? Uma pessoa só não podem ser duas pessoas só, ou quatro pessoas só, porque duas- ou quatro- pessoas só são logo duas - ou quatro- pessoas, e ser duas- ou quatro- pessoas não é só.

À parte o acreditar que estas não podem sequer existir, acresce que confio sempre em alguém que tenha escrito bem, mas uma coisa só, mesmo que muitas vezes, de muitas maneiras (heterónimos incluídos). Porque o mais provável é que tenha sido apenas alguém que sabia escrever bem e que resolveu, sem ser por isso, escrever-se.

Logo, eu não desconfio de ninguém que escreva bem. Porque o mais provável é que mesmo que alguém que escreva bem tente e queira escrever muita coisa acabe sempre no ponto de partida: na coisa só.