"É então que surges: o teu corpo, que se confunde com o das palavras que te descrevem, hesita numa das entradas do verso. Puxo-te para o átrio da estrofe; digo o teu nome com a voz baixa do medo; e apenas ouço o vento que empurra portas e janelas, sílabas e frases, por entre as imagens inúteis que me separaram de ti."
domingo, março 28, 2010
Eram já três da manhã, hora de Verão, quando ouviu estremecer a folhagem, podes vir a qualquer hora, dissera, mas ele não veio.
Não veio nessa noite, nem nas noites que se seguiram.
Chegaria pelas seis da tarde, hora de Inverno, quarenta e dois anos depois, quando já era tarde demais.
Mesmo para o chá.