segunda-feira, janeiro 21, 2008

Abocanha o dia, ou carpe diem, ou o que dele restar.

Os dias tinham sido curtos nos últimos tempos. Sempre que abocanhava a rua depois do dia de trabalho, já o esperava a noite do dia de trabalho.

Mas naquele dia ainda era dia. Assim um dia de dia. Assim um dia escurinho, mas iluminado ainda. Não eram seis como as seis da tarde de um entardecer de Verão. Mas eram talvez como as oito e quarenta e cinco da noite de um entardecer de Verão, e, no entanto, ainda eram seis de um ainda dia de um Inverno. Ainda.

Entretanto o sol foi morrer longe e eu não vi mais nada. Ainda.

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