quinta-feira, outubro 27, 2016

Pai

Quando há quatro anos esticou o braço para me oferecer o Homem Duplicado, eu juro ter visto uma luz à porta da caverna.

Entretanto, percebi que aquele título não tinha nenhuma mensagem subentendida.

Continuo a espreitar por trás das costas à procura dele. Mas ele está para lá do que a minha vista pode alcançar, e ele próprio não sabe bem quem é.

Quero acreditar que o meu pai é uma sombra distorcidíssima do seu arquétipo.

Afinal, pai, só queria um pouco mais do mesmo. Um pouco mais de ti.

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