Cortaram-lhe os dedos, arrancaram-lhe os dentes e coseram-lhe a boca.
Mais, congelaram-lhe o coração. E abandonaram-no numa jangada à deriva.
Um dia, depois de muita derivagem, bateu contra uma areia fina.
Levaram-no, descoseram-lhe a boca e descongelaram-lhe o coração.
Um dia, depois de muitos dias, mesmo muitos, abandonaram-no, simplesmente e sem mais, numa jangada à deriva.
Desta feita usou os braços como remos e não voltou a haver dia em que batesse contra o que fosse.
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