Para a esquerda, direita ou em frente, há que seguir.
Para trás nunca foi caminho.
Mais uma mão que se levanta no ar para disparar um adeus.
"É então que surges: o teu corpo, que se confunde com o das palavras que te descrevem, hesita numa das entradas do verso. Puxo-te para o átrio da estrofe; digo o teu nome com a voz baixa do medo; e apenas ouço o vento que empurra portas e janelas, sílabas e frases, por entre as imagens inúteis que me separaram de ti."
quinta-feira, outubro 13, 2011
quarta-feira, setembro 28, 2011
Tudo isto é fado
Vem aí a inspeção do veículo automóvel e ainda o seguro anual.
É o mês do ano em que me ficam apenas alguns trocos para os cafés (ainda bem que não fumo) e alguns, só?, bilhetes para o Doc Lisboa.
Assim sendo, vou aproveitar e cuidar do bendito veículo automóvel, com a certeza de que há de passar-se um ano em que me compensará por tudo o que lhe dou neste mês.
Pegar todas as manhãs, desviar-se das paredes dos parques do Bairro Alto quando estou a sair já um pouco alheada de mim. Nunca fugir com estranhos, abrandar automaticamente sempre que vê um carro de polícia ou um peão e, acima de tudo, levar-me longe.
Já comprei as luvas brancas, como ele gosta, para poder raspar-lhe as pastilhas das portas, aspirar-lhe a cinza do chão, sacudir-lhe os almofadados, abrilhantar-lhe os plastificados, esfregar-lhe os vidros, enterrar os mosquitos, devolver as folhas secas à terra, pontapear-lhe os pneus para verificar o ar, colocar os cd's nas respectivas caixas e afastar as últimas areias do verão.
Tudo isto enquanto ele me dá música.
É o mês do ano em que me ficam apenas alguns trocos para os cafés (ainda bem que não fumo) e alguns, só?, bilhetes para o Doc Lisboa.
Assim sendo, vou aproveitar e cuidar do bendito veículo automóvel, com a certeza de que há de passar-se um ano em que me compensará por tudo o que lhe dou neste mês.
Pegar todas as manhãs, desviar-se das paredes dos parques do Bairro Alto quando estou a sair já um pouco alheada de mim. Nunca fugir com estranhos, abrandar automaticamente sempre que vê um carro de polícia ou um peão e, acima de tudo, levar-me longe.
Já comprei as luvas brancas, como ele gosta, para poder raspar-lhe as pastilhas das portas, aspirar-lhe a cinza do chão, sacudir-lhe os almofadados, abrilhantar-lhe os plastificados, esfregar-lhe os vidros, enterrar os mosquitos, devolver as folhas secas à terra, pontapear-lhe os pneus para verificar o ar, colocar os cd's nas respectivas caixas e afastar as últimas areias do verão.
Tudo isto enquanto ele me dá música.
quarta-feira, setembro 21, 2011
terça-feira, setembro 13, 2011
Outono
Já se sente o cheiro da terra molhada, das manhãs de nevoeiro ou do trânsito, em hora de ponta, iluminado debaixo de chuva na escuridão das 18h30 de uma quinta feira qualquer.
Já se sente o aperto dos primeiros casacos, que ora aquecem ora "encaloram", dos primeiros collants opacos pretos emparelhados com um pequeno vestido.
São muitas as sensações, sentimentos e memórias que uma nova estação me trazem. O outono mais que qualquer outra, porque sempre me trouxe mudanças drásticas (coisas que começaram, coisas que acabaram).
Continuo a aguardar o outono com a mesma alegria, porque por muitas coisas que por essa altura tenham acabado, serão sempre as coisas que vão começar que me alimentam.
Eu ando à procura delas, a chamar por elas, e elas hão de chegar, estão para chegar.
Já se sente o aperto dos primeiros casacos, que ora aquecem ora "encaloram", dos primeiros collants opacos pretos emparelhados com um pequeno vestido.
São muitas as sensações, sentimentos e memórias que uma nova estação me trazem. O outono mais que qualquer outra, porque sempre me trouxe mudanças drásticas (coisas que começaram, coisas que acabaram).
Continuo a aguardar o outono com a mesma alegria, porque por muitas coisas que por essa altura tenham acabado, serão sempre as coisas que vão começar que me alimentam.
Eu ando à procura delas, a chamar por elas, e elas hão de chegar, estão para chegar.
segunda-feira, setembro 12, 2011
O tempo formalizou a resposta já lá vão 2 anos
Queria e não queria que o tempo fugisse.
O ordenado no fim do mês, as folgas aos fins de semana; sempre à espera do que vinha adiante, do que vinha e ainda não era.
E enquanto isso, Tu.
Tu ao meu lado. No café, na cama, no jesuíta, nas ondas gigantes, na varanda, por todo o lado. A meu lado.
Tu que paravas o tempo e me mudavas os planos.
Contigo, apenas queria e queria que o tempo ficasse. Que o tempo nos desse tempo para a lenga-lenga do amor, dos risinhos loucos, dos beijos estridentes.
E ainda hoje pergunto ao tempo quanto tempo o nosso tempo tem.
Pergunto ainda hoje e ele lá vai fugindo, connosco sempre atrás dele. Março, 2009
O ordenado no fim do mês, as folgas aos fins de semana; sempre à espera do que vinha adiante, do que vinha e ainda não era.
E enquanto isso, Tu.
Tu ao meu lado. No café, na cama, no jesuíta, nas ondas gigantes, na varanda, por todo o lado. A meu lado.
Tu que paravas o tempo e me mudavas os planos.
Contigo, apenas queria e queria que o tempo ficasse. Que o tempo nos desse tempo para a lenga-lenga do amor, dos risinhos loucos, dos beijos estridentes.
E ainda hoje pergunto ao tempo quanto tempo o nosso tempo tem.
Pergunto ainda hoje e ele lá vai fugindo, connosco sempre atrás dele. Março, 2009
quinta-feira, agosto 25, 2011
Da arte
Dizem que todos nascem com um dom, pelo menos um a todos calha em sorte.
Há quem o descubra desde logo, quem o encontre sem procurar, quem o descubra até já tarde demais.
E há também quem nunca o tenha descoberto, pressentido ou avistado.
Se esse for o teu caso, não percas a esperança de o encontrar, quem sabe, sentadinho à beira de um rio qualquer a atirar pedras aos peixes.
Não percas a esperança, só não te esqueças de que pode até já ser tarde demais.
Por isso, acorda cedo, come os teus cereais e vai trabalhando de forma esforçada, árdua e em bastante abundância.
Há quem o descubra desde logo, quem o encontre sem procurar, quem o descubra até já tarde demais.
E há também quem nunca o tenha descoberto, pressentido ou avistado.
Se esse for o teu caso, não percas a esperança de o encontrar, quem sabe, sentadinho à beira de um rio qualquer a atirar pedras aos peixes.
Não percas a esperança, só não te esqueças de que pode até já ser tarde demais.
Por isso, acorda cedo, come os teus cereais e vai trabalhando de forma esforçada, árdua e em bastante abundância.
quarta-feira, julho 27, 2011
O vento nas palavras
Olá minha Nini!! Também adorei estes dias e todos os momentos até agora passados neste que é o nosso primeiro verão !!
Prepara-te porque esta semana ainda vamos ter muitos bons momentos :)) e na próxima, e na outra a seguir, e na outra, na seguinte também, etc, etc, etc... até sermos velhinhos :)))) também te amo muito !!
Prepara-te porque esta semana ainda vamos ter muitos bons momentos :)) e na próxima, e na outra a seguir, e na outra, na seguinte também, etc, etc, etc... até sermos velhinhos :)))) também te amo muito !!
terça-feira, julho 26, 2011
Porque há relações que nos secam
Nos absorvem, nos apertam.
Porque há relações que nos desiludem e outras que nunca fizeram sentido.
Porque de repente nos vemos no lugar de pessoas cujas atitudes tanto criticámos.
Porque há relações que não nos respeitam, que vão do oito ao oitenta, sem equilíbrio, razão ou até coração.
Por tudo isto, não se afastem muito do rio.
Porque há relações que nos secam.
segunda-feira, junho 13, 2011
Nazaré
sexta-feira, maio 27, 2011
O tempo das pausas já lá vai.
Perdoem-me os leitores (são tantos!) deste blogue o tremendo hiato entre aquele post e este outro.
Foi tanto o tempo decorrido que houve espaço para chegar o calor e mudarem as regras da ortografia.
Ainda assim, continuo nova, sem rugas (por enquanto) e capaz de correr 3 desidratados kilómetros em 18 minutos, ininterruptamente.
sexta-feira, janeiro 14, 2011
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