"É então que surges: o teu corpo, que se confunde com o das palavras que te descrevem, hesita numa das entradas do verso. Puxo-te para o átrio da estrofe; digo o teu nome com a voz baixa do medo; e apenas ouço o vento que empurra portas e janelas, sílabas e frases, por entre as imagens inúteis que me separaram de ti."
sábado, março 11, 2006
Da legitimidade do fracasso
CURATE, Francisco. Daedalus, A realidade não tem a mínima obrigação de ser interessante. Blogspot, 2003.
3 comentários:
ninguém tem obrigação de ser interessante, de verdade. e afinal o que é isso?
se é que temos obrigações (perante quem?) não vejo que "ser interessante" seja de facto a primeira delas, nem esteja entre as primeiras
Ainda que definíssemos "interessante", teríamos de definir "interessante para mim".
E para mim, interessante, interessante, é perceber que o fracasso não tem a mínima obrigação de ser legítimo.
Acresce que a boa da relatividade nos torna a todos interessantes, algures, para uns quantos alguéns.
:-) Bem apanhado.
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