"É então que surges: o teu corpo, que se confunde com o das palavras que te descrevem, hesita numa das entradas do verso. Puxo-te para o átrio da estrofe; digo o teu nome com a voz baixa do medo; e apenas ouço o vento que empurra portas e janelas, sílabas e frases, por entre as imagens inúteis que me separaram de ti."
terça-feira, janeiro 10, 2006
Pois, pois, caramba, conta-me histórias
O esquizofrénico Lewis Carroll, ou seja, Charles Lutwidge Dodgson, acumulava o discreto posto de professor de matemática com o inquestionável génio literário, mas acrescia-lhe a vontade de ver o mundo por uma lente, não fosse aquele maravilhoso país conquistado por selvagens vontades que o levassem para lá da visão.
Sim, ele era fotógrafo. Sim, de meninas, entre as quais Alice e as suas irmãs, com quem dava grandes passeios de barco, onde se entregava ao prazer de contar histórias. E contava-as bem.
Menores? As meninas? Caramba, onde querem chegar?
Sim, menores e nuas, mas aquelas fotos são obras de arte e, caramba, ele até contribuiu para o léxico inglês com várias palavras.
Não me venham com histórias, dois mais dois são quatro e, ao fim e ao cabo, que importa quem come quem no final da história?
Carroll diz que é Alice quem xaqueia a rainha e, caramba, foi ele quem escreveu a história.
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