segunda-feira, setembro 27, 2010

Noiserv



Estive no chapitô. E, apesar do despropositado tempo de espera entre restôs e bartôs, foi um concerto especial.

sábado, setembro 18, 2010

Da naturalidade

Acorda-se a meio de um sonho ou mesmo no fim de um pesadelo. Levantamo-nos, mais tarde ou mais cedo, por mais que pese o peito e se imaginem desculpas, porque há horários para cumprir, e a menos que aconteça uma catástrofe que nos envolva directamente, lá teremos de estar à hora certíssima a picar o ponto.

Comemos porque o corpo exige, lavamo-nos porque a sociedade exige, vivemos porque a vida exige. E vão-se riscando os dias de um calendário cheio deles, com menos cruzes do que aquelas que gostariamos.

Há quem diga que quem acorda assim está necessariamente deprimido. Como se a depressão fosse uma qualquer alteração de estado normal. Como se não fosse natural.

Se calhar acordo assim porque me faltam os pássaros, a relva, o mar, o amor.

Como diria Darwin, fazemos parte do mundo natural que nos rodeia, se esse mundo estiver constantemente a ser alterado, reduzido a pó, então passamos a não fazer parte de nada.

E não pertencer pode muito bem ser o melhor motor para a boa da depressão.