quarta-feira, abril 28, 2010

Queria deixar aqui bem claro que amo sem condições estes dias cheios de luz.

O sol a entrar pelos orifícios das persianas puxadas até baixo.

O chilrear dos pequenos pássaros vizinhos do bairro. O cheiro a relva cortada, o café tomado à sombra de uma árvore.

A areia, o cheiro do creme, o som das bóias a esvaziar.

As noites quentes, cheias de vinho, ou mesmo imperial, e amigos, risadas e brindes.

Amo-te muito.

terça-feira, abril 27, 2010

Ginásio ou piscina?


Hum.. vai ser difícil escolher...

Meio ano e brinda-se com o vinho da casa

Enquanto levanto o copo penso num sem número de coisas.

Sei que passou muito tempo e que tudo acabou bem para todos, mas continuo sem perceber o porquê de há meio ano atrás me terem encostado ao muro de olhos vendados e terem disparado.

Devem ser as chamadas memórias de guerra.

segunda-feira, abril 26, 2010

E tu, já leste alguma coisa hoje?



Vamos fazer uma pausa n' A Montanha Mágica e trazer alguma frescura à coisa.
Agora estou com a Lolita.

Na minha boca, também, Lo-li-ta.

quarta-feira, abril 21, 2010

Este senhor é tal e qual o professor António Feijó




Composição

Foram os últimos a saber que estavam condenados.
Condenados a não partilharem mais do que uma frase.
Nada os faria ultrapassar o Ponto Final e nada os salvaria ante o próprio. Resignaram-se, compuseram-se, centraram-se e, aliviados, agarraram-se às libertadoras linhas tortas.
E assim se deixaram ir, de letra maiúscula em letra maiúscula à espera, talvez não de melhores, mas tão-só, de outros parágrafos (de preferência repletos de frases).

domingo, abril 18, 2010

"nasce um novo dia e no braço outra asa"

Não foi de repente que as coisas novas, boas, empolgantes e até mesmo merecidas surgiram.

Primeiro surgiu a vontade de as ter.

E agora é deixá-las chegar.

quarta-feira, abril 07, 2010

Incontornável

Não foi uma guerra feita de batalhas, ganhas nem perdidas. Foi uma batalha, uma guerra.

Morreram todos, numa mão cheia que encena um adeus.

Desapareceram todos e tudo. As mais velhas, os mais novos, o que ladrava, os cavalos, a rua, os cheiros.

Uma mão cheia suspensa no ar que dispara um adeus.

Uma mão cheia suspensa no ar.

Sem retorno.

sexta-feira, abril 02, 2010

Abril, outra vez

O mundo não acaba quando alguém parte, mas há muita coisa nossa que parte também.

Já vi partir duas pessoas em 28 anos, duas pessoas próximas, íntimas, minhas. Achei que dificilmente poderia continuar, que não continuaria. Mas continuei. Uns dias mais inconsciente que outros. E dias mais viva que nunca.

A nossa vida não acaba quando enterramos alguém, mas há muito pó a assentar nas roupas, muitos ciscos sobre a pele, muita terra sob as unhas.